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TRADUÇÃO? NÃO, muito obrigado!
Posted on abril 25th, 2011 No comments“Happy is he who transfers what he knows and learns what he teaches.”
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” do poema Exaltação de Aninha (O Professor) de Cora Coralina que foi poetisa e contista brasileira.Segundo consta, Cora Coralina estudou apenas até o 4º ano do ensino fundamental e mesmo assim demonstra imensa sabedoria em seus versos e contos, indício nítido de que conhecimento formal não é sinônimo de sabedoria.Mas estamos aqui para falar do por que não traduzir, ou a razão que a tradução não fomenta o desenvolvimento da fluência.Vamos raciocinando juntos.O que é uma língua?Antes de continuar a ler, pense! Ache seu próprio conceito.Muito provavelmente você deve ter pensando em: “código”, “jeito de se comunicar”, “instrumento de comunicação”, algo neste sentido. Muito bem.É correta a referência que temos de língua como algo que viabiliza a comunicação, mas não é correto defini-la simplesmente assim. Alias, definir é algo complexo vez que a definição limita quando conceitua: é ou não é, sim ou não etc… Como definir, limitar algo em constante mutação? Sim! É isso mesmo a língua muda, está em constante evolução, se adapta aos tempos, aos costumes as novas tecnologias… Quer uma prova? Um exemplo? As gírias. Elas são nítido exemplo disso. Outro exemplo: Um dos termos que mais sofreu mudança através dos tempos foi “você” que a principio era utilizado como pronome de tratamento “vossa mercê”. Com o passar do tempo, devido às influencias de outras culturas, “vossa mercê” foi transformada em “vós micê” e “vossuncê” ate chegar em “você”; se seguir neste ritmo logo será apenas e tão somente “cê”. Essas mudanças ocorreram não por normas gramaticais, mas pelo uso e costumes.O importante é perceber que uma língua é muito mais do que um amontoado de palavras e não se tem fluência ou proficiência numa língua por simplesmente ter-se um numero tal de palavras conhecidas.O modelo lingüístico mais aceito até hoje é o da Teoria Estruturalista, a qual se baseia no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-relacionam. Assim, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que significa que os sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes. Complicou? Explicamos esta, que é a teoria que seguimos: Acreditamos que as línguas naturais são sistemas. E dentro destes sistemas os elementos de uma rede de signos se relacionam e edificam uma estrutura diversa.Ou seja, Português e Inglês são línguas diferentes, sistemas diferentes.Por fora aparentam serem iguais, mas por dentro são bem diferentes. Explico.Como línguas ambas funcionam de forma semelhante em suas sub-rotinas, o que acontece dentro delas. Todavia, cada uma tem suas próprias sub-rotinas.L1 vs. L2Desta forma quando procuramos traduzir de uma língua para outra na hora de falar ou escrever fatalmente erramos. Ao invés de significar o que pretendíamos passar para a outra pessoa em essência, erroneamente ao traduzir apenas pegamos as palavras ou signos que no idioma original passariam aquela essência como se isso fosse suficiente para no outro idioma significar a mesma coisa. Não se leva em conta o sistema e nem o que ele aceitaria ou não como gramaticalmente correto. (por isso há quem defenda a tese de que a gramática nada mais é do que a codificação do que temos no linguajar cotidiano e natural, ou seja, a gramática que acompanhe o falante nativo atualizando-se constantemente e não o contrário…)Imagine a dialogo:- Oi João, tudo jóia?- Ola Pedro, vou indo e você?Se traduzirmos- Hi Joao, all jewel?- Hello Pedro, I go going and you?Isto parece até piada não é mesmo? Por incrível que pareça, excetuando o exagero pedagógico/ilustrativo, é o que acontece ao traduzimos as frases já preparadas em nosso sistema para simplesmente usá-las traduzidas em outro sistema. No caso seria como falar Português em Inglês.Veja a agora:- Hi John, how old are you?-Hello Peter, I am 15 years old.Traduzindo…- Oi John, quão velho é você?- Ola Peter, eu sou 15 anos velho.O que lhe parece agora? Inglês em Português, certo? Curioso não é mesmo?Isso é usar o sistema de uma língua em outra língua… Ou seja, é o que lhe acontece ao traduzir. Note que “HOW”, na tradução literal, seca, pode ser como advérbio: como, quanto, quão, de que modo, de que maneira e até mesmo por que.Veja o que o “Google Translator” faz nestes exemplos:1- I have studied English for 12 years.2- I have been studying English for 12 years.1- Estudei Inglês durante 12 anos.2- Eu tenho estado estudando Inglês há 12 anos.Perceba que a interpretação não está correta, logo a tradução também está senão errada, no mínimo não exata ou imprecisa.No exemplo 1 uma versão correta poderia ser: “Eu estudo Inglês há 12 anos.” Afinal o original não se refere necessariamente a algo exclusivamente passado.No exemplo 2 a interpretação é praticamente inexistente e sobra apenas a tradução pobre em sentido, meramente literal. E como se pode perceber na língua portuguesa, em nosso sistema, não usamos a construção “tenho estado”… Ao menos não neste sentido e tampouco comumente.Mas você deve então estar pensando, e como faço? Ou, como faz um tradutor simultâneo?De forma simplista posso lhe dizer que ele entende a mensagem, o que ela objetiva significar no idioma em que ela é falada, e expressa esta mesma mensagem no novo idioma. Cada um com seu sistema.Segundo Angela Levy de 82 anos, pioneira em tradução simultânea no Brasil esclareceu em uma entrevista:- “Não é tradução simultânea, está errado! É interpretação simultânea.” E completa: “O tradutor escreve e o interprete fala.”Desta premissa fica fácil deduzir que se requer inflexão para que realmente seja corretamente interpretada a mensagem pelo receptor desta, seja ela escrita ou oral. E inflexão, para que fique claro é mudança de tom, de sentido, ou variação de desinência, a flexão imposta ou proposta ao radical da palavra ou até mesmo da frase.Relembramos que pensamento não tem língua. Ao externar o pensamento perceba que muito mais usamos a interpretação do sentido do que queremos dizer, seja ao falar ou escrever, do que a traduzimos…Resumindo, só entende de verdade quem consegue interpretar o sentido e conteúdo (“true meaning”) e não quem traduz. E só se fará entender aquele que ao se expressar significar o sentido do conteúdo de sua mensagem no sistema do idioma que estiver utilizando. E para isso existem várias formas, para nós a mais indicada é VIVENCIAR este sistema, praticando o =ouvir ==> interpretar ==> treinar ==> utilizar.
Bem é isso! Lembro que nossa intenção obviamente não foi abordar por completo assunto tão vasto e complexo. Pretendemos apenas direcionar os alunos a perceber que tradução e gramática não são ferramentas úteis em nosso método. Pelo contrário, elas agirão como inibidores de seu desenvolvimento. Ao utilizar-se da tradução você faz o mesmo que a pessoa que tem dores de cabeça constantes e toma analgésicos para tirar a dor e assim segue, cuidando apenas do efeito e não da causa, perpetuando a situação.Se desvincular da tradução requer forca de vontade, todavia é o caminho mais curto e eficiente (acredite!) para quem quer alcançar fluência.E depois de fluente, posso usar o dicionário para verificar uma palavra específica que precisaria usar, ou gostaria de saber? Como por exemplo, “submisso” ou “estetoscópio”?O que acham? Ainda que pudesse, seria realmente preciso?Vamos conversar mais sobre este assunto? Deixe seu comentário ou se preferir escreva para hidehigh@hidehigh.com.br , será um imenso prazer lhe responder!Have Nice classes!Tex.Uncategorized BONS PROFESSORES, HIDE HIGH, INGLES DE VERDADE, POR que nao traduzir?, QUALIDADE, RESPEITO, TRADUCAO, traducao nao!, translatorLeave a reply